Almada Negreiros
Por Edina Felizardo
Almada Negreiros viveu no início do século XX, época em que Portuga sofreu profundas transformações culturais e estéticas, algumas dessas mutações já vinham acontecendo lentamente desde o final do século XIX (época em que nasceu Alma da, 1893). Portugal procurava adaptar-se ao ritmo europeu e beneficiar do processo cultural em curso. Justamente quando surge uma onda de insatisfação contra o regime monárquico que era incapaz de resolver os problemas mais urgentes da nação, pois Portugal vivia sobre a ditadura de João Franco (1905-1906), com muita injustiça de9ixando as pessoas cada vez mais contra a monarquia. Em 1908 o rei D. Carlos é assassinado por um homem do povo em vila Viçosa, começa aqui a desordem e a sanguinolencia. Assume o poder, em clima de turbulência, D. Luís Felipe no lugar de D. Manuel II que se exila na Inglaterra, pois o príncipe herdeiro também falecera no acidente.
Em 1910 é instalada a Republica em Portugal. Devido a situação em que se encontrava o país formou-se duas facções, uma satisfeita e conformada com a República, e a dos inconformados, insatisfeitos com o novo estado, com caráter contra-revolucionário. Juntamente com Antônio Sardinha em 1914 formam o grupo Integralismo Português da onde surge o Estado Novo em 1926. Ainda em 1910 surge A Águia, uma revista mensal de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social tornando-se órgão da Renascença Portuguesa, ou seja, a cultura portuguesa em moldes modernos, tendo como principais figuras desse movimento Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão e Leonardo Coimbra. Pascoaes consegue empolgar momentaneamente um grupo de jovens literatos em Lisboa em 1912 e 1915 os quais chegaram a colaborar na Águia, cita-se Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro.
Em 1915 é lançada a revista Orpheu dando início ao Modernismo em Portugal. Os principais fundadores da revista foram Fernando Pessoa, Mario de Sá Carneiro, o brasileiro Ronald de Carvalho e Almada Negreiros.
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