Por vezes,
imobilizada e muda o ar me falta.
Destemida,
quero o domínio de minha historia.
Por vezes
retenho anseios que em mim ressalta
E imóvel,
abandono no trajeto, minha memória.
Por vezes,
vejo as possibilidades embargadas.
E meus
débeis gestos se dissimulam em evasão
Por vezes a
liberdade que me é devida, tombadas.
Dissimulo
atos aflitos, mascarando a emoção.
Por vezes,
quero só respirar o odor da aragem.
Tantos
vínculos que me aprofundam, refrear.
Por vezes
impor ao silêncio minha linguagem
Apagar
vestígios que o tempo traz ao paladar
Por vezes,
desejos secretos, esmaecidos, alforriar.
Dispersar as
borboletas, num livre e pueril voejar.
(Glória Salles)
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