0 IDEALISMO
Falas de
amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor da
Humanidade é uma mentira.
É. E por
isto que na minha lira
De amores
fúteis poucas vezes falo.
O amor!
Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o
amor que a Humanidade inspira
É o amor do
sibarita e da hetaíra,
De Messalina
e de Sardanapalo?!
Pois é
mister que, para o amor sagrado,
O mundo
fique imaterializado
- Alavanca
desviada do seu fulcro -
E haja só
amizade verdadeira
Duma caveira
para outra caveira,
Do meu
sepulcro para o teu sepulcro?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário