Monge e o executivo.

Desde o inicio desse livro nota-se uma maior atenção, pois é escrito de um modo claro e que envolve o leitor na sua história, faz com que o leitor passe a refletir sobre todas às ações relatadas, e com isso tenha um maior conhecimento.

No inicio do livro, o autor preocupa-se com as definições:

Poder: Ter faculdade de ou autorização para; Habilidade ou capacidade física ou moral para; Ter influência sobre; Dominar; Ser poderoso.

Autoridade: Direito ou poder de mandar; de impor obediência.

Limite: Termo; Fim; Fronteira; Divisa; Extremidade.

Fazendo com que o grupo que está trabalhando com Simeão, personagem criado pelo autor para ser o responsável pela aventura de rever conceitos em cinco outros personagens.

No capitulo I também fala de John Daily um gerente-geral de uma importante indústria de vidros. Sua formação era em Administração de Empresas, e sua esposa Rachel era Psicóloga, ambos se formaram na Universidade Valparaíso, nos estados de Indiana, dali a uns anos casaram-se. Queriam muito ter filhos e lutaram contra infertilidade de Rachel, com isso adotaram um menino, o nome dele foi John como o do pai, após dois anos Rachel engravida inesperadamente, e nasceu uma menina que puseram o nome de Sara.

De repente tudo começou a se revelar “contra” John, a esposa passou a reclamar sobre a infelicidade ao lado dele, as discussões como os filhos se tornaram constante, os funcionários de sua empresa fizeram uma sindicância (inquérito junto a empresas, corporações, etc., para verificação de serviços, procedimentos). E foi quando a gerente de Recursos Humanos pediu para ele rever seu estilo de liderança. Só que John era orgulhoso demais para compartilhar seus problemas com os outros, mantendo assim uma atitude descontraída, tentando enganar à todos.

Ao exercício da liderança é preciso tomar decisões pessoais e aplicar princípios, pois existe uma diferença entre liderança e gerência: na liderança o líder lidera pessoas enquanto na gerência: o gerente gerencia coisas.

John não estava conseguindo diferenciar nenhuma dessas opções entre gerência e liderança.

Pensamentos e emoções, ações e responsabilidade caminham juntas quando se busca uma maior qualidade nas relações.

O capitulo II, serve para refletirmos sobre a importância da sermos bons ouvintes, mostrando que interromper as pessoas no meio de uma frase é enviar mensagens negativas. Nesse capítulo chama muita a atenção para o fato de que se não se ouve realmente, não se valoriza a opinião alheia.

Ressalta que os sentimentos de respeito são essenciais para que se lidere um determinado grupo e que no inconsciente e nos sonhos existem muitas riquezas. Na voz de Simeão. Não são as coisas materiais que trazem alegria na vida e que os maiores prazeres da vida são totalmente grátis.

Para o autor, um líder é alguém que identifica e satisfaz as necessidades legítimas de seus liderados e, para tanto, necessário é saber o significado e o sentido do verbo servir, pois para liderar é preciso servir, com limites, responsabilidades e estímulos para se tornarem melhores, percebendo as diferenças entre necessidades e vontade e com uma forte dosagem de flexibilidade.

Paradigmas: fatores psicológicos, modelos ou mapas que usamos para navegar na vida, podem ser valiosos ou perigosos, depende de nós sabermos usá-los. Devemos absorver as lições adequadas de nossas experiências. Se uma organização não está desafiando suas crenças e velhas maneiras de fazer as coisas, ou concorrência e o mundo a ultrapassam.

Necessidades é uma legítima exigência física ou psicológica para o bem estar do ser humano, enquanto a vontade é apenas um anseio que não considera as conseqüências físicas ou psicológicas daquilo que se deseja.

“A influência, a autoridade, é construída a partir do serviço e talvez do sacrifício pelos outros”.

Simeão diz ainda que “auto-realizar-se é tronar-se o melhor que você pode ser ou é capaz de ser, é alcançar a própria excelência.

No capítulo III, os temas voltam-se para a percepção primeira que temos dos fatos e das coisas, ressaltando que as coisas nem sempre são como parecem ser e o cuidado que devemos ter antes de fazer julgamentos rápidos.

 Modelo de liderança;

 Liderança e Autoridade;

 Serviço e Sacrifício;

 Amor;

 Vontade.

A liderança começa com vontade, que é a única capacidade dos seres humanos para sintonizar as intenções com as ações e escolher o comportamento. É preciso ter vontade para escolher amar, ou seja, sentir as reais necessidades, e não os desejos dos liderados. Para atender as necessidades, é necessário servir e até se sacrificar, só assim se exerce a autoridade ou influência.

Na liderança deve se ter amor. O amor vem com um conjunto de comportamentos, tais como: paciência; bondade; humildade; respeito; abnegação; perdão; honestidade; compromisso.

Resultados: Serviço e Sacrifício- Pôr de lado suas vontades e necessidades, buscar o maior bem para os outros.

Criar um ambiente saudável é extremamente importante para possibilitar o crescimento saudável, pra os seres humanos. O líder tem grande responsabilidade em criar e manter um ambiente saudável, pois tudo que fizer transmitirá uma mensagem-positiva ou negativa- e estará sempre sendo observado. Não há uma relação uniforme para uns feedbacks positivos. Em geral, as pessoas têm alta opinião sobre si mesma, e o líder deve ser muito cuidadoso ao dar o feedback. Ninguém tem a capacidade de mudar alguém, o que pode ser feito, é passar a mensagem.

O caminho para a autoridade começa com vontade, estas são escolhas que fazemos para aliar nossas intenções. Liderança não é estilo, é essência, isto é, caráter, que está ligado a bondade, paciência, humildade, abnegação, respeito, generosidade, honestidade e compromisso. O trabalho de tratar os outros com bondade, de ouvir ativamente, de ter e expressar consideração, de elogiar, de reconhecer o padrão, de deixar claras as expectativas, de dar ás pessoas condições para manterem o padrão estabelecido, é de fato uma missão diária.

No capitulo quatro, a grande idéia desenvolvida é a de que facilitar discussões e extrair pensamentos interessantes de cada participante é uma possibilidade interessante do líder atuar. Falar com alguém que presta atenção a cada palavra nos faz sentirmos valorizados e importantes. E se desafiado, ficar numa posição segura, expor claramente as suas posições a respeito das coisas. Simeão pergunta para John o que ele estava aprendendo ali. E a resposta é o modelo de liderança de Simeão, que logo lhe diz o modelo de liderança não é dele, é de Jesus.

Religião é crença e respeito, um paradigma que nos auxilia nas questões existenciais. Mais uma vez, Simeão fala a respeito dos relacionamentos, que para crescerem e amuderecerem precisam ser cuidadosamente desenvolvidos e alimentados.

Adiante, quando terminam a conversa antes da aula, uma excelente colocação é feita por Simeão: perguntar e buscar a verdade faz com que se encontre o que se procura. Começam a aula sobre um novo tópico, o amor, definido inicialmente por afeição, ligação calorosa, atração baseada em sentimentos sexuais. As palavras gregas “Eros”, “storge”, “Philo” “ágape/agapó” são colocadas para frisar o que esta palavra amor pode significar. Aqui fica claro que o amor é traduzido pelo comportamento e pela escolha. Dizer e fazer não são a mesma coisa, pois amor e liderança precisam na união nessas duas dimensões humanas: o falar e o fazer. No texto, o autor lembra o trecho da Bíblia presente na epístola aos Coríntios, capítulo treze. Comparam o amor deste trecho bíblico com a lista de qualidades de liderança que elaboraram anteriormente.

No capítulo...., John, em sua conversa matinal com Simeão, fala sobre suas dificuldades de amar a si mesmo e aos outros. Simeão, com sua sabedoria e experiência, fala sobre o amor, sobre Deus e sobre a fé, mostrando-nos o como é complexo viver. Ressalta que comportamentos positivos acabam por produzir sentimentos positivos.

No capítulo seis o tema central é o comportamento, compreendido como sendo penas um sintoma de problema real, tanto na empresa como na família, quando a crise se apresenta podemos notar que o problema está no topo: quem lidera exerce influência sobre os liderados, então, se cada líder souber liderar para o sucesso e o alcance de metas e objetivos, com certeza eles conseguirão chegar lá. “Não há pelotões fracos, mas líderes fracos”. O nosso comportamento influencia nossos pensamentos e nossos sentimentos.

Para Simeão práxis é o nosso comportamento que influencia nossos pensamentos e nossos sentimentos. Quando nos comprometemos a concentrar atenção, tempo, esforços e outros recursos em alguém ou algo durante certo tempo, começamos a desenvolver sentimentos pelo objetivo de nossa atenção, ou, em outras palavras, nós sejamos eles de que tipo for é importante e necessário. Se a liderança começa com uma escolha, isso requer que tenhamos responsabilidades em assumir as ações de acordo com nossas intenções; assumir nossos atos, assumir a responsabilidade adequada por nossos atos.

É preciso ter habilidades em escolher as respostas para os desafios que vivenciamos cotidianamente em nossas vidas, com responsabilidade, percebida com resposta e habilidade.

No capítulo sete o tema central é resultado do esforço. Fé, esperança e amor, são os motes principais e o autor cita o apóstolo Paulo para poder pregar aonde for e usar a palavra quando for necessário. Ressalta que as coisas não são o que parecem ser, pois não vemos o mundo como ele é: nós vemos o mundo como nós somos.

Ressalta ainda neste capítulo que missão, objetivo, visão são fatores determinantes para o sucesso de todo e qualquer empreendimento humano. Nossas vontades e nossos desejos e poderão ser satisfeitas a partir do momento que nós colocarmos em movimento de crescimento pessoal, evoluindo para a maturidade psicológica e espiritual. Um trecho a destacra neste capítulo “Amar aos outros nos faz sair de nós mesmos. Amar os outros nos força a crescer”.

No epílogo, o reforço e a aprendizagem maior de toda essa leitura, fascinante e tão bem recomendado: apenas um primeiro passo em uma nova jornada.

Na liderança ( não somente o líder, mas todas as pessoas e em vários ambientes) deve se ter amor, ou seja, tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. Esse amor é como um conjunto de comportamentos, tais como:

• Paciência- Mostra autocontrole;

• Bondade- Dar atenção, apreciação e incentivo;

• Humildade- Ser autêntico e sem pretensão ou arrogância;

• Respeito- Tratar os outros como pessoas importantes;

• Abnegação- Satisfazer as necessidades dos outros;

• Perdão- Desistir de ressentimentos quando prejudicado;

• Honestidade- Ser livre de engano;

• Compromisso- Sustentar suas escolhas.