Primeira Meditação
Das Coisas que se Podem Colocar em Dúvida
A primeira meditação não estabelece verdades, ela põe em dúvida todas as opiniões a que até então Decartes dera crédito. Até os sentidos enganam. “Tudo o que recebi, até presentemente, como os mais verdadeiros e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos: ora; experimentei algumas vezes e esses sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez.” (p. 93)
Tem o sentido como primeiro grau da dúvida, o sonho como segundo grau que se estende a todo conhecimento sensível. Já a aritmética, a geometria é verdadeira, pois quer esteja dormindo, quer esteja acordado, dois mais três formarão sempre o número cinco e o quadrado nunca terá mais do que quatro lados, e não parece possível que verdades tão patentes possam ser suspeitas de alguma falsidade ou incerteza.
Decartes julga que os outros enganam até nas coisas que acreditam. Talvez Deus deseje que eles se enganem quando fizer a adição de dois mais três, ou quando enumerar os lados do quadrado, ou talvez as pessoas não acreditem em Deus.
DECARTES, Rene. Edições Metafícas. 1ª Meditação SP, Abril Cultural.
Fundador da modernidade de Filosofia (diferente de modernidade histórica ou artística)Primado da epstemologia sisada para o sujeito.
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